O Mistério da Rua Saraiva de Carvalho

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Sinopse

A 11 de junho de 1917, a edição da noite do diário O Século publicava, com honras de primeira página, uma carta assinada por um tal Gil Góis, a dar conta de um «facto misterioso» que testemunhara na madrugada anterior: «três homens, completamente embuçados, saíam de um velho prédio desabitado que há na Rua Saraiva de Carvalho, transportando, com a dificuldade que denuncia o peso, um grosso volume de forma humana embrulhado em panos». Os leitores aderiram em massa àquela narrativa inverosímil (real ou inventada?), que, durante seis meses, alimentou teorias e fez esgotar tiragens. O tão badalado folhetim foi o primeiro a sair da pena delirante e fecunda de Reinaldo Ferreira, então com uns precoces 19 anos e muito longe ainda de se transformar no célebre Repórter X. A presente edição, que assinala os 120 anos do nascimento de Reinaldo Ferreira e o centenário da publicação original d’O Mistério da Rua Saraiva de Carvalho, reproduz integralmente o texto impresso nas páginas d’O Século da noite. Uma reveladora introdução de Joel Lima, o mais conhecedor estudioso da obra do Repórter X, trata de iluminar as origens obscuras da carreira literária de um autor pioneiro no seu género.

Multimédia

Filme O Homem dos Olhos Tortos, de Leitão de Barros, a partir de O Mistério da Rua Saraiva de Carvalho (cópia restaurada pela Cinemateca Portuguesa)

 

Críticas e imprensa

«Por muito jovem que fosse, aquele que anos depois ficaria a dever ao lapso de um tipógrafo a sua imortal alcunha — Repórter X —, revelava já, a par da tarimba, um prodigioso talento na combinação de elementos das novelas de espionagem e policiais.»

Diogo Vaz Pinto, i [ler o texto completo]

https://ionline.sapo.pt/artigo/609482/reinaldo-ferreira-a-busca-de-algo-mais-sensivel-do-que-a-verdade?seccao=Mais_i

 «Perfeito para evocar o mantra “não deixe que a verdade estrague uma boa história”. Ou para testar a sua capacidade de destrinçar as notícias falsas das verdadeiras.»

João Morales, Time Out

 «A reedição agora de uma das suas mais importantes obras, publicada primeiro em folhetim no já desaparecido O Século e depois transposta para livro, é um motivo de saudação. O Mistério da Rua Saraiva de Carvalho é frenético e empolgante. […] Este livro é, espera-se, apenas o primeiro que servirá para recuperarmos toda a sua fabulosa criatividade.»

Fernando Sobral, Jornal de Negócios [ler o artigo completo]

https://www.jornaldenegocios.pt/weekend/livros/detalhe/a-grande-aventura-do-reporter-x

 «Uma edição graficamente muito cuidada, com ilustrações e iconografia da época.»

Pedro Miguel Silva, Deus Me Livro [ver o texto completo]

https://deusmelivro.com/mil-folhas/o-misterio-da-rua-saraiva-de-carvalho-reinaldo-ferreira-3-10-2017/

Carlos Vaz Marques, O Livro do Dia, TSF [ouvir o podcast]

https://www.tsf.pt/programa/o-livro-do-dia/emissao/o-misterio-da-rua-saraiva-de-carvalho-de-reinaldo-ferreira-9156727.html

 Reportagem sobre o lançamento da coleção, RDP Antena 1 [ouvir o podcast]

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/lancado-primeiro-de-quatro-livros-do-reporter-x_a1023083

 Conversa de Ana Daniela Soares com o editor, a propósito do livro, no programa À Volta dos Livros, RDP Antena 1 [ouvir o podcast]

https://www.rtp.pt/play/p312/e305002/a-volta-dos-livros

Reinaldo Ferreira (Repórter X)

Reinaldo Ferreira (Repórter X)

Nasceu em Lisboa a 10 de agosto de 1897. Em 1914, ingressou na redação d’A Capital, onde deu os primeiros passos no jornalismo. A propensão para o insólito, para o espetacular, levou-o a tornar-se também um verdadeiro mestre da literatura policial. Em 1919, casou-se e passou um ano em Paris, antes de se radicar em Espanha, onde, além do jornalismo e da ficção, desenvolveu outra vertente do seu talento multifacetado: o de realizador de cinema. Em rota de colisão com o regime de Primo de Rivera, em 1924 teve de regressar a Portugal para não ser preso, passando a colaborar com várias publicações de Lisboa, primeiro, e do Porto, a seguir. Data dessa altura a gralha tipográfica que ditou o pseudónimo Repórter X, com que assinou algumas das prosas mais sensacionais da sua carreira tão breve quanto prolífica. Intenso por natureza, Reinaldo consumiu a vida com a avidez da paixão que faz perder os heróis trágicos. Tendo encontrado na morfina um bálsamo para males de amor e combustível para a criação, ex-morfinómano se confessou num belo livro de memórias, para logo depois reincidir no velho hábito, que destruiu o pouco que lhe restava da saúde débil. Morreu aos 38 anos, em Lisboa, a 4 de outubro de 1935.

Informação adicional

Referência

9789899975972

Páginas

336

Formato

16×23,5 cm

Encadernação

brochado

Data de edição

agosto de 2017