Manuel de Lima

Manuel de Lima

 

Embora sempre tenha mantido um secretismo obstinado em torno da idade, sabe-se de fonte segura que nasceu a 12 de agosto de 1915, em Lisboa. Sabe-se também que terá sentido o chamamento da música e estudado violino no Conservatório, após o que tocou a solo na rua e com orquestras em teatros — acompanhando peças, óperas ou bailados —, assim como em cabarés e paquetes. À vida aventurosa e cronicamente precária foi colher muitos dos elementos da sua ficção. Publicou a primeira novela, Um Homem de Barbas, em 1944, sob os auspícios de Almada Negreiros. Seguiram-se Malaquias ou A História de Um Homem Barbaramente Agredido — romance editado em 1953 na Contraponto, de Luiz Pacheco —, O Clube dos Antropófagos (teatro, 1965; novela, 1973) e A Pata do Pássaro Desenhou uma Nova Paisagem (novela, 1972). Integrante da tertúlia surrealista do Café Gelo, tutelada por Mário Cesariny, e íntimo de Natália Correia, foi também artista plástico, destacando-se ainda como um dos mais temidos críticos de música e de televisão do país. Morreu em Lisboa a 29 de outubro de 1976.

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